Na minha incessante busca pelas bolachas perfeitas para a família (daquelas que desaparecem num ápice e todos querem levar para o lanche e que são tão fáceis de fazer que eu nem me importo que mal pousem no pote), levei a cabo uma tardada de forno!
Fiz três receitas de diferentes bolachas (e mais dois bolos, porque estava passada): telhas de coco, areias e línguas de veado (cuja receita encontrei aqui, adaptando-a às nossas necessidades: substituí a farinha normal por farinha sem gluten e as línguas deixaram de ser de gato e passaram a ser de veado, que eu tinha que sair da cozinha :P).
As duas primeiras foram fracassos autênticos. Resultaram bolachas demasiado amanteigadas e um dos tabuleiros das areias encheu-me um frasco de pedrinhas com aspecto apetitoso ("..hmmm.. belos berlindes!" - disse-me o Zé quando as provou.
Mas as Línguas de Veado foram sucesso garantido!! E eu tinha tantas saudades delas!
Línguas de Veado:
100 gr de manteiga amolecida (usei Alpro)
110 gr de açúcar de confeiteiro
2 ovos
100 gr de farinha (usei o Mix para bolos da Flor de Arroz)
1 c. de chá de extracto de baunilha (fiz o meu há muito tempo com uma garrafa de Vodka e umas quantas vagens de baunilha abertas)
raspa de limão
Forno pré-aquecido a 150º
Coloquei a manteiga na Bimby - 37º/ vel.1 até amolecer;
Juntei o açúcar - vel.4;
Quando já estava uma massa homogénea, juntei as gemas a uma e uma, o extracto de baunilha e a raspa de limão - vel.4 - até unificar;
Numa tigela bati as claras em castelo com um fouet (porque estava meeeesmo passada) às quais juntei lentamente o preparado anterior sem bater.
Sem saco de pasteleiro à mão (costumo ter aqueles sacos de plástico), coloquei a massa num tabuleiro coberto com papel vegetal com a ajuda de uma colher e deixei cozer até as pontas escurecerem (cerca de 10/15 minutos).
Depois é só passar para uma rede, deixar arrefecer e resistir =P
Resultado: bolachas crocantes, com sabor fresco e que se mantêm conservadas (pelo menos) duas semanas num frasco hermético.
No nosso (que é opaco e não deixa ver o que por lá há) ainda restavam três que ficaram esquecidas. Acabei de as comer e estavam belíssimas!! O que significa que ainda hoje as vou repetir!
Quando era pequena a minha avó fazia muitas vezes bolachas connosco. Estas, as Línguas de Veado, vinham da pastelaria e eu adorava-as.
Quero relembrar, neste post, todas as avós que mimaram (e mimam) os netos proporcionando-nos memórias que nos fazem recuar no tempo através de cheiros, sabores e sons que nos enchem o coração. A todas um beijinho. Um beijinho ainda mais especial para a minha Ana.